sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
terça-feira, 12 de julho de 2011
sábado, 9 de julho de 2011
Arcozelo no Foral de Villa Nova de Gaia
Foral perdido
PARA SERVIR DE ÍNDICE DOS FORAES DAS TERRAS DO REINO DE PORTUGAL E SEUS DOMÍNIOS:
PARA SERVIR DE ÍNDICE DOS FORAES DAS TERRAS DO REINO DE PORTUGAL E SEUS DOMÍNIOS:
POR
FRANCISCO NUNES FRANKLIN,
Sócio da Academia Real das Sciencias.
SEGUNDA EDIÇÃO.
LISBOA
NA TYPOGRAFIA DA MESMA ACADEMIA
1825.
Com licença de SUA MAGESTADE.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
O arco de Arcozelo (1)
A freguesia de Arcozelo, em Gaia, estende-se por um amplo e generoso vale virado a poente que aí termina nas águas do oceano.
Em todo o vale persiste ainda a ruralidade bucólica e imutável de outros tempos, numa complacência aparente, entrecortada aqui e ali, por histórias e enigmas remotos que teimam em não se fazerem esquecer.
Segundo José Leite de Vasconcelos a palavra Arcozelo provém do latim arcucellu que significa o diminutivo de arco.
Penso, neste instante, ficar-me por perto da ponte, romana, que certamente existiria sobre a ribeira do Espírito Santo.
Em todo o vale persiste ainda a ruralidade bucólica e imutável de outros tempos, numa complacência aparente, entrecortada aqui e ali, por histórias e enigmas remotos que teimam em não se fazerem esquecer.
Segundo José Leite de Vasconcelos a palavra Arcozelo provém do latim arcucellu que significa o diminutivo de arco.
Inconformado com o facto de lugares tão plenos se quererem resumir à simplicidade de um simples pequeno arco decidi procurar mais informação, saber que arco seria esse, onde se encontra (ou encontrava) e mesmo se Leite de Vasconcelos estaria certo.
As minhas primeiras inquirições produziram resultados entusiasmantes e que se dispersam em múltiplas direcções.
| Ponte Romana em Loriga, foto de Paulo Juntas |
Posso imaginá-la na continuidade da estrada, também ela romana, e que também hoje já não se vê.
Ao ouvir as águas da ribeira a correr sob o seu arco, tomo de empréstimo a imagem de uma ponte vizinha a outros Arcozelos.
domingo, 3 de julho de 2011
Arcuzello
ARCOZELO (S. Miguel de)
Lugar na Provincia da Beira baixa, bispado e termo da cidade do Porto, comarca eclesiástica da Feira, concelho de Gaia.
Tem este lugar dezoito vizinhos e toda a freguesia duzentos e quarenta fogos.
Tem seu assento em um vale e nao se descobrem nele povoações algumas, mais que o lugar de S. Joao da Foz, distante daqui duas léguas, alguns montes da freguesia de S. João de Canelas, Perosinho, a freguesia de S. Felix da Marinha e o convento de S. Salvador de Grijó, de cónegos regrantes de Santo Agoftinho.
Neste lugar está a igreja Paroquial dedicada ao Arcanjo S. Miguel e consta toda a freguefia de nove aldeias, que são esta de Arcozelo, Vila-Chã, Corvo, Mira, Vella, Vale, Enxomil, Espírito Santo e Vila Nova.
A paróquia está no meio da freguesia e tem cinco altares, o maior onde se venera a imagem do Santo Padroeiro que se festeja no seu día vinte e nove de Setembro, S. Caetano e o Santíssimo Sacramento.
No Altar colateral, da parte do EvangeIho, se veneram a Senhora dos Remédios, Santa Luzia e Santa Rosa de Viterbo e da mesma fica o de Santa Ana.
O colateral da parte da epístola é de Nossa Senhora do Rosário e tem Santo Antonio e S. Sebastião e no corpo da igreja, desta parte, fica o altar de Cristo crucificado, e costumam os fregueses festejar estas imagens nos seus dias.
A Igreja corre do nascente a poente, e consta de uma só nave e seu adro em redondo, sacristia e coro.
Não há nela irmandades mais que a da Senhora dos Remédios que confia de irmão eclesiásticos e seculares, pelos quais se fazem os sufrágios na forma dos seus estatutos e soleniza-se a dita Senhora na primeira oitava da Páscoa da Ressureição, a cuja festa concorre muita gente de diversas freguesias.
O pároco se chama reitor que apresentam alternativamente ou o ordinario ou o Prelado do convento de S. Salvador de Grijó. Rende ao reitor quarenta mil reis, e com os benesses incertos fará cento e cincoenta mil reis de renda.
É commenda da Ordern de Cristo e dela foi ultimo comendador o Marquez das Minas, hoje porém se acha vaga, e costuma render setecentos para oitocentos mil reis e por tanto se tem arrendado na Contadoria Geral. Tem mais esta igreja outra filial que é a de S. Paio de Oleiros, no termo da Vila da Feira, e tem cura apresentado pelo reitor desta igreja de Arcozelo.
Confronta esta freguesia pelo norte com Santa Maria de Gulpilhares, do nascente com S. Mamede de Serzedo, isento da jurisdição de Grijó, do sul corn S. Felix da Marinha e do poente com о mar oceano.
Os frutos ordinarios dessa terra são milho grosso, trigo, centeio, cevada, algum vinho verde, pouco azeite e castanhas.
Passa por esta freguesia um limitado ribeiro que corre de nascente a poente: nasce nos montes de Serzedo, passa pela aldeia do Espírito Santo e pelo meio desta freguesia até ao mar. Há neste ribeiro quatro moinhos, duas azenhas, e dois pizões de pano grosseiro para uso das lavouras.
Reconhecem muitas pessoas nas aguas deste ribeiro a singular virtude de que lavando-se com elas as críancas, que padecem a queixa de bostelha, a que ali vulgarmente chamam bichoco, cobram melhora, e por esta razao concorre muita gente com meninos a lavar-se nesta água, e outros a levam para o mesmo efeito. A razao desta virtude dizem, que fora por lhe lançar a benção um Santo Bispo que por ali passara.
Pelo poente, como já dissemos, confronta esta terra com o mar que a faz mimosa de peixe e marisco, e fértil pelo sargaço e golso, que coIhem os moradores para adubar os campos.
Tem criação de gado grosso e miudo, de lã e pelo, e de caca miuda e rasteira, de coelhos, lebres, perdizes e rolas, no seu tempo...
Descrição de Arcozelo em 1747, in DICCIONARIO GEOGRAFICO
Lugar na Provincia da Beira baixa, bispado e termo da cidade do Porto, comarca eclesiástica da Feira, concelho de Gaia.
Tem este lugar dezoito vizinhos e toda a freguesia duzentos e quarenta fogos.
Tem seu assento em um vale e nao se descobrem nele povoações algumas, mais que o lugar de S. Joao da Foz, distante daqui duas léguas, alguns montes da freguesia de S. João de Canelas, Perosinho, a freguesia de S. Felix da Marinha e o convento de S. Salvador de Grijó, de cónegos regrantes de Santo Agoftinho.
Neste lugar está a igreja Paroquial dedicada ao Arcanjo S. Miguel e consta toda a freguefia de nove aldeias, que são esta de Arcozelo, Vila-Chã, Corvo, Mira, Vella, Vale, Enxomil, Espírito Santo e Vila Nova.
A paróquia está no meio da freguesia e tem cinco altares, o maior onde se venera a imagem do Santo Padroeiro que se festeja no seu día vinte e nove de Setembro, S. Caetano e o Santíssimo Sacramento.
No Altar colateral, da parte do EvangeIho, se veneram a Senhora dos Remédios, Santa Luzia e Santa Rosa de Viterbo e da mesma fica o de Santa Ana.
O colateral da parte da epístola é de Nossa Senhora do Rosário e tem Santo Antonio e S. Sebastião e no corpo da igreja, desta parte, fica o altar de Cristo crucificado, e costumam os fregueses festejar estas imagens nos seus dias.
A Igreja corre do nascente a poente, e consta de uma só nave e seu adro em redondo, sacristia e coro.
Não há nela irmandades mais que a da Senhora dos Remédios que confia de irmão eclesiásticos e seculares, pelos quais se fazem os sufrágios na forma dos seus estatutos e soleniza-se a dita Senhora na primeira oitava da Páscoa da Ressureição, a cuja festa concorre muita gente de diversas freguesias.
O pároco se chama reitor que apresentam alternativamente ou o ordinario ou o Prelado do convento de S. Salvador de Grijó. Rende ao reitor quarenta mil reis, e com os benesses incertos fará cento e cincoenta mil reis de renda.
É commenda da Ordern de Cristo e dela foi ultimo comendador o Marquez das Minas, hoje porém se acha vaga, e costuma render setecentos para oitocentos mil reis e por tanto se tem arrendado na Contadoria Geral. Tem mais esta igreja outra filial que é a de S. Paio de Oleiros, no termo da Vila da Feira, e tem cura apresentado pelo reitor desta igreja de Arcozelo.
Confronta esta freguesia pelo norte com Santa Maria de Gulpilhares, do nascente com S. Mamede de Serzedo, isento da jurisdição de Grijó, do sul corn S. Felix da Marinha e do poente com о mar oceano.
Os frutos ordinarios dessa terra são milho grosso, trigo, centeio, cevada, algum vinho verde, pouco azeite e castanhas.
Passa por esta freguesia um limitado ribeiro que corre de nascente a poente: nasce nos montes de Serzedo, passa pela aldeia do Espírito Santo e pelo meio desta freguesia até ao mar. Há neste ribeiro quatro moinhos, duas azenhas, e dois pizões de pano grosseiro para uso das lavouras.
Reconhecem muitas pessoas nas aguas deste ribeiro a singular virtude de que lavando-se com elas as críancas, que padecem a queixa de bostelha, a que ali vulgarmente chamam bichoco, cobram melhora, e por esta razao concorre muita gente com meninos a lavar-se nesta água, e outros a levam para o mesmo efeito. A razao desta virtude dizem, que fora por lhe lançar a benção um Santo Bispo que por ali passara.
Pelo poente, como já dissemos, confronta esta terra com o mar que a faz mimosa de peixe e marisco, e fértil pelo sargaço e golso, que coIhem os moradores para adubar os campos.
Tem criação de gado grosso e miudo, de lã e pelo, e de caca miuda e rasteira, de coelhos, lebres, perdizes e rolas, no seu tempo...
Descrição de Arcozelo em 1747, in DICCIONARIO GEOGRAFICO
terça-feira, 28 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
A Santa Marinha de São Félix da Marinha
As freguesias de Gaia são tantas que parecem dignas de uma escolaridade de outros tempos, quando se impunha que os jovens estudantes soubessem os afluentes da margem direita e esquerda de rios desconhecidos ou estações e apeadeiros de comboios em que possivelmente nunca iriam viajar.
A saber: Arcozelo, Avintes, Canelas, Canidelo, Crestuma, Grijó, Gulpilhares, Lever, Madalena, Mafamude, Olival, Oliveira do Douro, Pedroso, Perosinho, Sandim, Santa Marinha, São Félix da Marinha, São Pedro da Afurada, Seixezelo, Sermonde, Serzedo, Valadares, Vilar de Andorinho e Vilar do Paraíso.
Como é natural para quem vem na A1 e deseja ir para a Aguda, na freguesia de Arcozelo, deverá sair em direcção a Canelas.
Poderá também fazê-lo em Santarém.
Estes mouros... sinceramente!
Ainda em março de 2011 não distinguia Aguda de Afurada. Para mim era tudo o mesmo, provavelmente porque ambas as localidas começam por "A" têm um "u" pelo meio e acabam em "da".
Já me tinha acontecido confusão idêntica entre Ermesinde, Espinho e Matosinhos, do mesmo modo que para alguns Almada (o mesmo que Amadora) "fica" em Lisboa.
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